4.2.12

Na Formula 1 não há amigos

Acho que um certo piloto, de uma certa scuderia vermelha disse a um tempo atrás uma frase que digna de um profeta. É o rapaz poderia ser um profeta, digno de uma pessoa que tem o dom da clarividência ou será que o meio que ele vive já está claro para ele? Bom enfim não estava claro para um certo piloto alemão, pianista que se esqueceu que na F1 “não há amigos”

Crendo na celebre frase que diz “A amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir”, acreditou que era bobeira e com ele “ia ser diferente”. É. Uma frase que certamente não cabe mais para Adrian Sutil e Lewis Hamilton. Se algum dia o alemão contava com a presença do piloto da McLaren como testemunha de defesa no julgamento da ação movida por Eric Lux, agredido por Sutil em uma boate de Xangai no mês de abril de 2011. Hoje em dia não conta mais para nada.


Sutil saiu o chamando de covarde o seu pai deu declarações dizendo que essa não é a postura de um campeão de Formula 1. Mais para Lewis isso não é muito importante. Ele ainda tem uma vaga na categoria e se acha o melhor entre seus pares.


E Adrian Sutil. Um rapaz dito tranqüilo que num momento de bebedeira se transformou. Não é do tipo que você imagina envolvido numa briga dentro de uma boate ou bar. E, num incidente infeliz, feriu gravemente um executivo da F1 da Lótus/Renault, Eric Lux, no pescoço. Um ato mal pensado que mudou a vida de ambos. Um se lembrará daquela noite toda vez em que olhar no espelho para escovar ou dentes ou fazer a barba e ver uma cicatriz de nove centímetros no pescoço e o outro carregará o peso de uma condenação na justiça e a perda de um grande amigo. Afinal mesmo que seja condenado em condicional Sutil deixou de ser réu primário.


As conseqüências de alem da briga com o seu melhor amigo na categoria podem ser o fim de suas expectativa na categoria.

Sutil perdeu o patrocínio da Medion depois que a empresa foi vendida para a Lenovo, que já é patrocinadora da McLaren e cujos os novos donos decidiram encerrar o apoio. E ai que mora todo o perigo. E para completar a equipe que ele corria fechou com a Mercedes pra fornecer motores. Com isso eram três pilotos e dois acentos: ele, Paul di Resta e Nico Hülkenberg. Os dois últimos apoiado pela Mercedes não cairiam fora. E assim Sutil terminou chupando o dedo e com uma condenação por agressão a um dirigente da categoria.


Acabar com “moral” é mortal para um piloto de corridas que vive de patrocínio, ou seja, da imagem e que a essa altura do campeonato atrelaria a sua de um piloto fichado.


Perder um amigo e doloroso sempre mas nada que um gato, um cachorro ou um terapeuta não possa fazer. Perder um emprego, se arruma outro. Afinal como sempre digo nos somos em trabalho, firma somos como engrenagem de um motor onde as peças têm que trabalhar em harmonia. E caso uma dessas peças esteja com problemas é substituí-la, afinal ninguém, por mais que seja doloroso, não é substituível. Porem sem “moral” ninguém é capaz de nada. Ninguem acreditária nessa nova "peça". É muito complicado quando a sua moral ou credibilidade vai para a vala.



È por esse motivo que Lewis não foi e não iria ao tribunal. Deveria ter ido se fosse amigo de verdade. Um velho dito popular dizem que os amigos de verdade são os que não somem quando você está em dificuldade. Hamilton, que estava com Sutil na noite do incidente e com quem tinha uma excelente relação desde que foram companheiros de equipe na Fórmula 3, resolveu não depor como testemunha no processo, alegando ter outros compromissos.



Sua imagem ia ser arranhada de qualquer jeito porem com porem: quem era o acusador, o que levou a taça no pescoço? Há um certo executivo da Renault. Rom Dennis se importaria, talvez sim ou não. Todavia o mais importante ninguém sabe o dia de amanha. Vai que o Rom fica "magoado" e... Um patrocínio para correr em outra equipe para uma pessoa que foi acusada de não ser amiga é bem mais possível para uma que se envolveu em um processo na justiça, mesmo que como testemunha. É assim. Não é uma porta que se fecha são duas ou mais sempre.
Na F1 não a amigos. Acho que nem colegas.

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