21.6.12

Alonso um que faz a difereça

Esta vai para quem acredita que o piloto não faz diferença na Fórmula 1: a revista americana Forbes divulgou nessa terça-feira a lista dos 100 esportistas mais bem pagos do mundo. Entre os pilotos, Fernando Alonso lidera o levantamento, com salário anual de nada menos que US$ 29 milhões, ou cerca de R$ 59 milhões, mais US$ 3 milhões (R$ 6 milhões) de ganhos em publicidade. São mais de R$ 5,4 milhões por mês. Isso sem contar 13º, participação nos lucros, vale transporte, ticket alimentação e peru de fim de ano.( mesmo que seja como aquele de Abu dhabi...)

Acho que não precisa dizer porque o espanhol ganha tão bem. Alonso ganha tanto por um fator muito simples: ele resolve, faz a diferença. Basta ver a diferença da tabela de pontos entre o bicampeão do mundo e Felipe Massa. Enquanto o espanhol é o vice-líder do campeonato, com 86 pontos, o brasileiro é o 14º, com somente 11 pontinhos, para usar uma expressão elegante e não repetitiva.

Mesmo descontando o fato de que Massa está atravessando uma péssima fase, é um fato que realista que, mesmo em sua melhor forma, Felipe não foi capaz de oferecer ao time italiano serviços tão eficientes quanto o funcionário mais bem remunerado de Maranello. Nem no seu melhor ano de 2007, por exemplo quando chegou na ultima corrida quase campeão e saiu vice. Não que o asturiano seja um fenômeno, o melhor da história, mas o rapaz 'carrancudo' de Oviedo faz a diferença.

Para ganhar um campeonato um piloto sozinho não faz, mas ele corresponde a uns 20%/30% do conjunto.Porque por mas que tenha a telemetria e todos os avanços tecnológicos de hoje em dia, o piloto ainda faz, sim, muita diferença. De nada adianta ter um orçamento de centenas de milhões de euros por ano e não investir na peça humana', que comanda o carro na pista e passa dados para um batalhão de gente de uma forma humana diferente da 'maquina'.

Alonso dizem é um piloto do tipo que faz todo o time trabalhar para ele, assim como Schumy, Prost entre tantos outros foram no passado. Antes que alguns de vocês acharem que sou fã de Alonso e por isso esse elogio vamos deixar claro que não. Como dizia uma certa pessoa 'tenho admiração por trabalho não ídolos'. O trabalho do asturiano é bom. Ele não é perfeito, é um ser humano. 

Não gosto de falar de pessoas que não conheço pessoalmente. E não conheço ele. Afinal tenho medo de falar coisas influinciado por terceiros. Porem posso falar que Alonso não me parece uma pessoa má, fechada sim. Uma pessoa que trabalha duro desde criança, que largou 'a escola' para correr. Imagina se nada desse certo? Foi uma aposta alta, para o espanhol. Talvez esse carácter moldado dessa forma tenha feito dele uma pessoa dura. Não fria. Não vou negar ate que com a ideia de ter uma conta no Facebook e etc, o espanhol passou a ser mais acessível, como tudo mundo já viu, falou e etc. Ele se tornou mais humano simplesmente, com isso. Acessível e visível a todos . Por muito tempo não importava oque falassem dele, bem ou mau o espanhol fechado pouco falava a seu respeito. Mas ate os pilotos de Formula 1 veem que cometem erros e (podem) corrigi-os, afinal são humanos e erram mas não são burros ( pelo menos em sua maioria) e permanecer no erro é questão de burrice. Foi por isso que ele, pessoalmente, mantem as contas. E lê.

Outra jogada de gênio foi as tas 'amigas' (onde pede fotos de meninas que já bateram fotos com ele), com isso acabou as fotos de supostas 'namoradas' que caiam na rede e geravam problemas (dizem as más línguas contribuiram ate para o fim do casamento dele). Resolveu um problema que atinge 99,99 % dos pilotos...falsas namoradas e afins...

Sempre achei a vida de um piloto de ponta muito complicada, eles ganham muito dinheiro, mas tem muitos problemas como falta de liberdade, gente falsa em volta, uma agenda louca, entre tantas coisas.  Porem eles são felizes. E bastante. E uma troca justa... caso de cada um. Questão de habito, talvez.

Foi assim também en todas as eras e sempre será. Na era Schumacher, quando a Ferrari também desembolsava valores semelhantes para ter os serviços do alemão. E todos falavam o mesmo do Schumy (com ou sem rasão) O mesmo acontecia na época em que Ayrton Senna ganhava tudo na McLaren. São exemplos de pilotos que fazem a diferença e que, mesmo custando US$ 30 milhões por ano ou mais.

A segunda posição entre os mais bem-pagos-pilotos de Fórmula 1 é ocupada por Lewis Hamilton, outro capaz de tirar aqueles dois décimos de segundo por volta que levam um carro da terceira para a primeira posição em uma corrida. De acordo com a Forbes, Hamilton leva US$ 25 milhões (R$ 50 mihões) por ano de salário e US$ 3 milhões (R$ 6 milhões) de publicidade, totalizando R$ 56 milhões. E Hamilton ainda não está feliz na McLaren? O que Lulu quer? Aumentar o salário? OU melhor tratamento? Sei lá...Hamilton lidera o campeonato, com 88 pontos é um dos que faz a diferença... Jenson Button, seu companheiro de equipe, é apenas o oitavo colocado na tabela, com 45 tentos e ganha menos.

Em seguida vem Michael Schumacher, com US$ 20 milhões (R$ 40 milhões) de salário e US$ 10 milhões (R$ 20 milhões) de publicidade. E a lista da Forbes para por aí no que diz respeito aos pilotos de carros.
Para ter ideia de quanto ganham os outros, é preciso recorrer a outro levantamento, um pouco menos preciso, publicado pela francesa Business Book GP 2012. Pelo estudo, Alonso leva 30 milhões de euros anuais, ou R$ 77 milhões. A suposta falta de credibilidade do Business Book surgiu depois dos protestos da Ferrari e de Alonso, que consideraram os números absurdos, mas na falat de coisa melhor serve como comparação. 

A publicação francesa ainda diz que Button, o terceiro mais bem pago da Fórmula 1, ganha € 16 milhões (R$ 41 milhões). O inglês seria seguido por Sebastian Vettel, Mark Webber, Nico Rosberg e Felipe Massa, todos com salário anual de € 10 milhões (R$ 26 millhões).

Bruno Senna, um dos mais "mal pagos", levaria, de acordo com os franceses, US$ 250 mil (R$ 500 mil) anuais. Charles Pic, o pobre da turma e lanterna da lista, embolsa US$ 150 mil (R$ 300 mil) anuais.
Vale lembrar que pilotos como Senna e Pic levam investimentos milionários para as equipes ou seja, na prática "pagam para correr". E Schumacher, só pelo marketing, já vale o que ganha.

Na F 1, até ser pobre é bom.

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