A relação entre Flavio Briatore e Nelsinho Piquet está cada vez mais desgastada. Em entrevista aos jornalistas brasileiros na Hungria nesta sexta (24), o brasileiro rebateu as críticas que o dirigente tem feito. E de maneira exaltada.
"Ele é um empresário e não entende porra nenhuma. Todo mundo me pergunta 500 vezes por dia o que está acontecendo e tenho que ficar quieto? Tenho que falar", declarou o brasileiro de 23 anos, um dos quatro pilotos que ainda não pontuou nesta temporada.
Briatore, que também agencia alguns competidores, criticou Nelsinho repetidas vezes na temporada. Hoje, o italiano se disse "justo" e garantiu que mantém um bom relacionamento com os pilotos que já comandou, como o finlandês Heikki Kovalainen, o italiano Giancarlo Fisichella e o próprio espanhol Fernando Alonso.
"Eu esperava mais nesse ano, porque já é o segundo dele na F1", falou Briatore. "É verdade que ele fez menos testes, mas o Webber também testou menos por ter quebrado as pernas", declarou o chefe da Renault, em alusão ao acidente ciclístico no final do ano passado do australiano da Red Bull, atual terceiro colocado no Mundial.
Preterido por Alonso nos testes da pré-temporada, Nelsinho contestou o argumento de seu chefe. "O Webber está na F1 desde 2001. Ele andou em uma época diferente, quando os testes estavam liberados e deve ter mais de 20 mil quilômetros. Não tem comparação", rebateu.
Piquet deixou claro que se sente acuado na Renault. "Estou em uma época difícil, que não se pode fazer testes, e ainda tenho que lutar contra o Flavio e o Alonso", declarou o brasileiro.De forma irônica, Briatore acusou Nelsinho de dar desculpas sem fundamento e disse que seu repertório está no final. "Se você ouve um piloto, é como um livro com uma desculpa em cada página. Pode ser o clima, os gatos, os ratos, um óculos nas arquibancadas, rodar na reta..."
Briatore negou que o carro de Alonso chegou a ser 0s7 mais rápido que o de Nelsinho, tese defendida pelo brasileiro, e encerrou com uma comparação inusitada. "Se fosse essa a diferença, ganharíamos o campeonato. A diferença dos carros é como pedir um 1 kg de carne no açougue. Sempre vai ser 1 kg de carne, o que muda é a embalagem", afirmou.
Nelsinho, por sua vez, reclamou de falta de comunicação com Briatore explicou que, com a proximidade dos carros, qualquer pequena diferença de desempenho é significativa. "Quando não fui bem nos treinos classificatórios, eu assumi", disse o brasileiro. "Ele não entende como funciona. O que posso fazer?", encerrou.
Nelsinho estava ameaçado após a prova na Alemanha. O Grande Prêmio contou a história de que, 15 minutos antes da largada, Briatore e o piloto discutiam sobre sua continuidade na equipe. Há uma cláusula de performance no contrato que atrela sua permanência à quantidade de pontos. Nelsão, empresário, teve de atuar nos bastidores para que o filho corresse em Hungaroring. Ao que indica, pela última vez na Renault.
fonte: grande premio
Depois de ler a essa reportagem, publicada brilhantemente pelo site grande premio, me lembrei de um episodio, não tão recente, da carreira de Flávio Briatore: Jarno Trulli na Renault junto com Fernando Alonso.
Os pilotos são completamente diferentes, o carro é totalmente distinto, afinal o R 24 era um carro capaz de ganhar corridas e lutar por pontos, coisa que o o R29 não é capaz de fazer com muito brilhantismo, porem o tratamento, e o relacionamento nesse exato estante, é muito parecido entre Nelsinho/Flávio e Jarno/Flavio.
Jarno Trulli foi companheiro de Fernando durante as temporadas de 2001 a 2004 (passando por Fernando emprestado para a Minardi em 2002, e como piloto de testes em 2001 e 2002, alem de titular em 2003 e 2004). Flavio detinha a administração da carreira de Jarno e desejava que o italiano fosso o que Nelsinho é hoje para Fernando: segundo piloto. Contudo o Trulli não aceitou isso é começou uma troca de farpas publicas, assim como esta sendo com Nelsinho, que terminou com a demissão do piloto italiano, depois que esse passou por muitas quebras misteriosas e sendo ultrapassado na ultima curva pela Ferrari do Rubinho.
Bom, guardando a s devidas proporções, situações bem parecidas que se encaminham para desfechos parecidos, a demissão. Vamos aguardar os fatos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário