Enquanto a transmissão do GP da Hungria, disputado no último domingo, focalizava a luta pelas primeiras posições, lá no fundo do pelotão, um duelo intenso entre Sergio Pérez e Jarno Trulli foi motivo de reclamação por parte do italiano, que criticou a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) por não punir o piloto da Sauber por ter cortado a chicane duas vezes, entre as voltas 2 e 10 da prova.
Trulli abandonou logo em seguida, no 17º giro, com problemas no motor de sua Lotus T128. Mas alheio à falha mecânica, o veterano centrou fogo contra Pérez, que em sua opinião, teve “comportamento absurdo” no princípio da prova. O mexicano largou em décimo, mas despencou para 19º, perdendo uma posição para Adrian Sutil em seguida. Sergio, então, ficou imediatamente à frente de Trulli, com quem travou duelo. No entanto, segundo o italiano, Pérez não foi nada limpo na disputa pela posição na pista.
“Desta vez, é a minha hora de reclamar e dizer que a FIA falhou, apesar de a minha corrida ter terminado quase que imediatamente. Na largada, eu tive de lidar com três incidentes à minha frente, o que me puxou para trás, e então, Pérez chegou com seu comportamento absurdo e tudo acabou”, bradou.
“Ele estava estranhamente lento, mais que minha Lotus: eu o ultrapassei duas vezes, e para recuperar sua posição, ele cortou a chicane. O regulamento é claro como cristal, ele tem de passar e devolver a posição de volta para mim. Ele não fez isso, ele permaneceu à minha frente”.
“Ele mostrou um tipo raro de grosseria e uma ignorância ímpar das regras, mas eu me pergunto por que a FIA não tomou nenhuma atitude. O que é isso? O que eles estão olhando? Eu entendo a razão de um garoto dar de ombros, mas os comissários tinham de intervir”, complementou.
A disputa durou até a primeira parada para troca de pneus. Depois do pit-stop, Pérez e Trulli ficaram separados por Glock, até o fim da prova do italiano. Pérez seguiu, mas com desempenho bem abaixo do exibido nas últimas corridas da temporada, ficou apenas em 15º, a duas voltas do vencedor, Jenson Button. O fato é que Jarno culpou o novato por seu insucesso no GP da Hungria, 11ª etapa do Mundial de F1.
“Eu poderia ultrapassá-lo somente no setor lento, mas não consegui, ele me colocou para baixo e arruinou minha corrida antes que meu motor tivesse um ataque de mau humor, como em Silverstone, e me forçou a abandonar. Minha mensagem é clara: há um único regulamento e este é o mesmo para todos. Não só para os caras da frente, mas também para o pessoal do fundo do grid”, encerrou Trulli.
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