Luiz Razia vem correndo fora das pistas no mesmo ritmo em que acelera seu carro na GP2. Único representante brasileiro na categoria de acesso à Fórmula 1, o baiano veio ao país nos últimos dias para negociar com patrocinadores e tentar apoio para disputar o GP do Brasil, que encerra o Mundial deste ano.
Já é certo que Razia participará dos primeiros treinos livres de sexta-feira em Interlagos e em outra etapa a ser definida. No entanto, se as conversas derem resultado, o baiano poderá ter uma chance de estrear na principal categoria do automobilismo correndo em casa, ou seja, pagar para correr.
"A possibilidade realmente existe. Mas tudo vai depender de como estará a nossa negociação com a equipe no momento da prova. Será a última etapa do campeonato, então espero que a gente consiga", disse Razia.
Na GP2, o baiano compete pela equipe júnior da Lotus, a TeamAir Asia, e os últimos bons resultados (dois pódios nas rodadas de Valência e Hungaroring) e uma pole deixaram o brasileiro animado. E como a Lotus não tem um orçamento dos maiores, uma boa injeção de dinheiro seria decisiva. É na junção desses fatores que Razia aposta.
"A gente está conversando com três empresas, que estão interessadas depois que viram a possibilidade de estampar suas marcas no carro. A equipe também está aberta para conversar. Tivemos uma reunião em Budapeste e alguns integrantes da equipe virão ao Brasil para concretizar as negociações", disse o piloto.
As conversas de Razia com seus patrocinadores também visam a uma vaga permanente na próxima temporada, já que o veterano Jarno Trulli provavelmente irá se aposentar e apenas Heikki Kovalainen deverá ser mantido pelo time. O que pode significar que o italiano não venha correr no Brasil.
O rival do baiano é o endinheirado, mas fraco, Karun Chandhok, que teve uma chance na Alemanha e foi mal. Só que, além da grana, o indiano tem outro aliado: seu agente é Bernie Ecclestone, dono dos direitos comerciais da F1. Resta saber quem terá mais apoio financeiro nessa negociação. Se depender do talento e da relação com o time, Razia lidera essa corrida.
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