12.6.09

Ferrari tenta rescisão co Raikkonen

A Ferrari tenta forçar a rescisão com Raikkonen, abrindo assim a porta à entrada de Fernando Alonso na 'scuderia', mas o finlandês não está pelos ajustes. Kimi Raikkonen recusou uma proposta de rescisão de contrato feita pela Ferrari em meados de Maio, insistindo que quer continuar a correr com a Scuderia em 2010.

Recorde-se que o finlandês accionou o direito de opção que tinha para estender o seu contrato por mais uma época, no ano passado durante o GP de Itália, depois de ter percebido, juntamente com a família Robertson, que se ocupa da gestão da sua carreira, que a Ferrari se preparava para não lhe oferecer uma extensão do contrato.

Stefano Domenicali foi até ao inicio desta temporada o grande defensor de Raikkonen no seio da Ferrari, continuando a afirmar que "o Kimi é o piloto com mais talento na F1", mas até o italiano está a perder a sua fé no nórdico, que apesar de mostrar a espaços uma rapidez impressionante, mantém um relacionamento distante com a equipa, não se entende com o engenheiro de pista Andrea Stella, que exigiu como substituto de Chris Dyer, e pouco ou nada contribui para o desenvolvimento técnico do F60.
Daí que Domenicali tenha tomado a iniciativa de propor uma rescisão amigável a Raikkonen e aos seus representantes, depois de nas primeiras corridas da temporada o finlandês ter voltado a desapontar. O seu comportamento na corrida de Barcelona - em que discutiu via rádio com o seu engenheiro de pista - foi a gota de água, e sendo forçado pelo acordo firmado por Montezemolo com Alonso há quase dois anos a abrir um lugar para o espanhol na sua equipa, optou por manter Massa e desfazer-se de Raikkonen, apesar de ambos terem contrato para o próximo ano.
Indemnização milionária



Segundo fontes que lhe são próximas, a posição contratual de Raikkonen é bastante forte e garante-lhe o pagamento integral do seu salário - nada menos que 30 milhões de euros anuais - caso a Ferrari prescinda dos seus serviços. Mas no caso de receber por inteiro o seu salário de 2010, Raikkonen terá de ficar parado, pois a Ferrari não o autorizará a correr com nenhuma outra equipa nem, provavelmente, o libertará, sequer, para fazer mais alguns ralis.

Daí que a Ferrari jogue com a vontade declarada de Raikkonen de continuar a correr por mais um ano para fazer baixar muito o valor da indemnização a pagar. Fontes da equipa italiana 'descaíram-se' propositadamente nos últimos dias, alimentando o interesse de equipas como a Toyota, BMW e Renault nos serviços do finlandês, ao ponto de Steve Roberston, normalmente confinado ao espaço da Ferrari nos Grandes Prémios, ter sido muito solicitado ao longo do fim-de-semana.

Caso encontre uma equipa competitiva que lhe possa dar também garantias financeiras, Raikkonen poderá aceitar sair da Ferrari levando menos de metade da indemnização a que tem direito, mas a separação parece inevitável, pois entre o nórdico e os italianos o ambiente é bastante frio.


Fonte:autosport

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