Com grande pesar que venho dizer a nos amantes de automobilismo que o autódromo de Jacarepaguá será totalmente destruído. será o fim de uma era e provavelmente o fim de corridas no Rio de Janeiro. Não acredito, infelizmente, na construção de uma novo autódromo, moderno capaz de sediar ate formula -1. Não acredito. Fico muito triste com a escolha da cidae do Rio de Janeiro como cidade sede. Porem a única coisa que, apesar de não acreditar, busco e ter esperança de que a palavra desses políticos possa ser escrita e principalmente vista.
"O Centro Olímpico será construído no local onde se encontra o Autódromo de Jacarepaguá em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro. Este Centro será uma referência na América do Sul no que diz respeito ao treinamento de atletas de alto nível", disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, na época."Se Deus quiser, com a vitória do Rio, teremos de construir um novo circuito, em Deodoro ou em Santa Cruz", afirmou o prefeito Eduardo Paes ao jornal "O Globo" recentemente, após a etapa da Stock Car no Rio.De acordo com o presidente da CBA, Cleyton Pinteiro, há um projeto para construir uma pista de alto nível, capaz de receber a F1, em um terreno das Forças Armadas em Deodoro, com R$ 150 milhões do governo federal.Paes admitiu a fragilidade do estrutura atual de Jacarepaguá. Graças ao projeto do Pan-Americano de 2007, o Setor Norte da pista desapareceu, depois de brigas judiciais sui generis, para que fossem construídas arenas multi-uso. Além disso, o oval foi abandonado, o kartódromo foi demolido.Para compensar isso, o prefeito do Rio garantiu que o novo autódromo, se for construído, será de grande nível, levando Paes a sonhar alto. "Os paulistas que se preparem porque vou tirar a F1 de lá. (Gilberto) Kassab que se prepare", falou, citando o prefeito de São Paulo. A cidade paulistana tem contrato com a F1 até 2014.
(Grande premio)
Histórico
No ano de 1972, inicia-se a construção do Autódromo, com a compra da área do estado. Dos grandes condomínios residenciais na Av. das Américas e na Av. Sernambetiba trouxeram um grande número de operários da construção civil. Para evitar grandes deslocamentos e gastos com transporte muitos foram morar nas pequenas comunidades preexistentes (antigas colônias de pescadores). Entre essas estava a Vila Autódromo ainda existente nos dias atuais.
Inaugurado em Junho de 1977, o então Autódromo da Cidade do Rio de Janeiro foi erguido conforme as exigências da FIA na época, tanto que foi chamado por algum tempo de "Autódromo-Modelo". O circuito tinha 5.030 Kms de extensão, quase o mesmo traçado de hoje.
Nos primeiros meses de existência, Jacarepaguá recebeu as principais categorias do automobilismo brasileiro da época, e logo o próximo GP do Brasil de F-1 foi levado á essa pista recém inaugurada.
Em Janeiro de 1978 a Fórmula 1 deu uma deixou temporariamente em Interlagos (que na época tinha quase 8 Kms de pista) e disputou esse GP do Brasil no Rio como uma prova fora do calendário oficial.
Fez um calor intenso e com tantas quebras, o herói brasileiro daqueles tempos, Emerson Fittipaldi, com a equipe brasileira Copersucar. Fez algumas ultrapassagens que levantou a imensa torcida e conseguiu terminar a prova na 2ª posição, atrás da Ferrari do argentino Carlos Reutemann O melhor resultado da equipe brasileira em todos os tempos! Jacarepaguá começou sua história com o pé direito.
Mas em 1979 o GP do Brasil de F-1 voltou á Interlagos, mas Jacarepaguá recebia sempre as categorias de automobilismo brasileiro. Sempre com bom público.
No final de 1980 uma série de acontecimentos e decisões mudou os rumos de Jacarepaguá. A FIA considerava o Autódromo de Interlagos muito perigoso com seus 8 Kms de pista, e por issoretirou etapa brasileira desse autódromo. O outro acontecimento foi o surgimento da nova estrela do automobilismo nacional: o carioca Nelson Piquet, vice-campeão da F-1 em 1980. Assim logo foi decidido levar o GP do Brasil para o Rio de Janeiro definitivamente em 1981.
Em 1984 um fato pouco percebido por muitos, mas histórico: A primeira corrida de Ayrton Senna na Formula 1 foi no GP do Brasil deste ano, em Jacarepaguá. No ano de 1986 o francês Alan Prost com a McLaren-Honda venceu o GP do Brasil pela 5ª vez e marca o recorde absoluto de vitórias. E o Autódromo de Jacarepaguá mudou de nome, passou a se chamar Autódromo Nelson Piquet, em homenagem ao já tri-campeão do mundo.
No ano de 1989, Jacarepaguá viveu um incidente que mudaria a sua história. Nos anos 80 era comum algumas equipes de F-1 virem treinar nessa pista, pois no início do ano era verão por aqui, enquanto na Europa a neve e o frio acabava por impedir muitos testes, além de a aproveitar o Carnaval carioca. Neste ano, mais precisamente no dia 15 de março, o autódromo viveu um de seus piores dias. Era um dia de semana onde algumas equipes de F-1 realizavam testes, e de repente a AGS de Philippe Streiff escapa da pista fortemente entre as curvas Cheirinho e Nonato, capota várias vezes e bate. Streiff é atendido ainda no Centro Médico do Circuito e levado de Helicóptero á um hospital na Gávea. Só que uma confusão no atendimento e com o helicóptero causa sérios danos ao piloto francês, que dias depois se descobre que ele ficou Paraplégico. Esse caso mostra não a falta de segurança de Jacarepaguá, mas sim o despreparo da organização da prova e dos testes para situações emergenciais. Isso é um alerta sério para a FIA. E no fim do ano a FIA decide que Jacarepaguá não mais receberá a F-1 á partir de 1990, motivada pela falta de organização dos cariocas e pelo acidente de Streiff. No início de 1990 São Paulo faz uma reforma relâmpago em Interlagos e volta á receber o GP do Brasil de F-1. Assim Jacarepaguá perde seu maior evento.
Nos dois anos seguintes a pista carioca sobrevive. Recebe as categorias nacionais e regionais, mas a cada dia que passa a pista sofre com o descaso. Em 1993 o autódromo passa á não receber mais a StockCar, principal categoria brasileira. A pista a cada dia que passava ficava cada vez mais abandonada.
Em fins de 1994 é lançado pelo então prefeito César Maia um projeto de remodelação em Jacarepaguá, com fins de recuperar-lo. Em 1995, toda a pista é reformada e o traçado é modificado entre as curvas 1 e 2, é criado um novo trecho. Neste mesmo ano o empresário Jorge Cintra consegue acordo com a Indy e anuncia a Rio 400 para 1996. A Fórmula Indy iria correr em Jacarepaguá.
Após a pista ficar pronta em Setembro de 1995, o Mundial de Motovelocidade realiza sua primeira corrida no Rio, vencida por Luca Cadalora da Yamaha, em seguida a Stock Car volta á correr em Jacarepaguá. E em seguida o autódromo passa por mais uma grande reforma: A construção do Oval de 3 quilômetros para a Fórmula Indy.
Em 17 de Março de 1996 um dia histórico: A primeira prova da Fórmula Indy no Brasil é realizada, e apesar de alguns problemas pequenos de organização, a prova acontece muito bem. O brasileiro André Ribeiro da equipe Tasman vence a prova.
Já em fins de 1996 o Mundial de Motovelocidade realiza sua 2ª prova no Rio, vencida pelo campeão Michael Doohan, da Honda. Jacarepaguá recupera seus grandes dias, com duas categorias importantes do mundo realizando provas anuais, e com todas as categorias nacionais correndo lá novamente.
Quando chega o ano de 1997 a Formula Indy volta a realizar sua prova no oval do Rio e a categoria com novo nome (CART). O Rio de Janeiro também tem novo prefeito, Luiz Paulo Conde, que investe no autódromo. Já o Mundial de Motovelocidade realiza a sua corrida em Agosto, com apoio da Rede Globo e novamente Michael Doohan com a Honda vence.
No ano de 1998 a corrida da já denominada CART foi emocionante. Greg Moore com a Forsythe vence. E começa os problemas. A corrida do Mundial de Motovelocidade que seria em Outubro foi cancelada por problemas graves no asfalto.
Contudo o ano de 1999 prometia ser diferente para Jacarepaguá, pois tanto a CART como o Mundial de Motovelocidade teriam que mudar suas organizações. Jorge Cintra deixa de ser o promotor e passa a ser o campeão Emerson Fittipaldi. A corrida da CART passou á se chamar Rio 200, com percurso menor, e com bastante divulgação a prova teve sucesso. Foi vencida pelo colombiano Juan Pablo Montoya, da Chip Ganassi. Já o Mundial de Motovelocidade realizou sua etapa em Outubro e foi vencida por Norifume Abe da Yamaha.E assim inicia o último ano dessa 2ª fase de glórias da pista carioca.
No ano de 2000 a CART realiza a última Rio 200 (na época não se imaginava que seria a última), vitória de Adrian Fernandez, da Patrick. O Mundial de Motovelocidade realizou sua etapa que foi vencida por Valentino Rossi, da Honda, esta foi também a última etapa do Mundial de Motovelocidade no Rio.
No início de 2001 o prefeito recém-empossado, César Maia, decide não gastar mais com as provas do autódromo, e manda cancelar a etapa do Mundial de Motovelocidade e a Rio 200. Em menos de 1 mês ele consegue: faz Jacarepaguá perder duas corridas internacionais importantíssimas, e pode estar iniciando um novo período de abandono na pista.
"O Centro Olímpico será construído no local onde se encontra o Autódromo de Jacarepaguá em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro. Este Centro será uma referência na América do Sul no que diz respeito ao treinamento de atletas de alto nível", disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, na época."Se Deus quiser, com a vitória do Rio, teremos de construir um novo circuito, em Deodoro ou em Santa Cruz", afirmou o prefeito Eduardo Paes ao jornal "O Globo" recentemente, após a etapa da Stock Car no Rio.De acordo com o presidente da CBA, Cleyton Pinteiro, há um projeto para construir uma pista de alto nível, capaz de receber a F1, em um terreno das Forças Armadas em Deodoro, com R$ 150 milhões do governo federal.Paes admitiu a fragilidade do estrutura atual de Jacarepaguá. Graças ao projeto do Pan-Americano de 2007, o Setor Norte da pista desapareceu, depois de brigas judiciais sui generis, para que fossem construídas arenas multi-uso. Além disso, o oval foi abandonado, o kartódromo foi demolido.Para compensar isso, o prefeito do Rio garantiu que o novo autódromo, se for construído, será de grande nível, levando Paes a sonhar alto. "Os paulistas que se preparem porque vou tirar a F1 de lá. (Gilberto) Kassab que se prepare", falou, citando o prefeito de São Paulo. A cidade paulistana tem contrato com a F1 até 2014.
(Grande premio)
Histórico
No ano de 1972, inicia-se a construção do Autódromo, com a compra da área do estado. Dos grandes condomínios residenciais na Av. das Américas e na Av. Sernambetiba trouxeram um grande número de operários da construção civil. Para evitar grandes deslocamentos e gastos com transporte muitos foram morar nas pequenas comunidades preexistentes (antigas colônias de pescadores). Entre essas estava a Vila Autódromo ainda existente nos dias atuais.
Inaugurado em Junho de 1977, o então Autódromo da Cidade do Rio de Janeiro foi erguido conforme as exigências da FIA na época, tanto que foi chamado por algum tempo de "Autódromo-Modelo". O circuito tinha 5.030 Kms de extensão, quase o mesmo traçado de hoje.
Nos primeiros meses de existência, Jacarepaguá recebeu as principais categorias do automobilismo brasileiro da época, e logo o próximo GP do Brasil de F-1 foi levado á essa pista recém inaugurada.
Em Janeiro de 1978 a Fórmula 1 deu uma deixou temporariamente em Interlagos (que na época tinha quase 8 Kms de pista) e disputou esse GP do Brasil no Rio como uma prova fora do calendário oficial.
Fez um calor intenso e com tantas quebras, o herói brasileiro daqueles tempos, Emerson Fittipaldi, com a equipe brasileira Copersucar. Fez algumas ultrapassagens que levantou a imensa torcida e conseguiu terminar a prova na 2ª posição, atrás da Ferrari do argentino Carlos Reutemann O melhor resultado da equipe brasileira em todos os tempos! Jacarepaguá começou sua história com o pé direito.
Mas em 1979 o GP do Brasil de F-1 voltou á Interlagos, mas Jacarepaguá recebia sempre as categorias de automobilismo brasileiro. Sempre com bom público.
No final de 1980 uma série de acontecimentos e decisões mudou os rumos de Jacarepaguá. A FIA considerava o Autódromo de Interlagos muito perigoso com seus 8 Kms de pista, e por issoretirou etapa brasileira desse autódromo. O outro acontecimento foi o surgimento da nova estrela do automobilismo nacional: o carioca Nelson Piquet, vice-campeão da F-1 em 1980. Assim logo foi decidido levar o GP do Brasil para o Rio de Janeiro definitivamente em 1981.
Em 1984 um fato pouco percebido por muitos, mas histórico: A primeira corrida de Ayrton Senna na Formula 1 foi no GP do Brasil deste ano, em Jacarepaguá. No ano de 1986 o francês Alan Prost com a McLaren-Honda venceu o GP do Brasil pela 5ª vez e marca o recorde absoluto de vitórias. E o Autódromo de Jacarepaguá mudou de nome, passou a se chamar Autódromo Nelson Piquet, em homenagem ao já tri-campeão do mundo.
No ano de 1989, Jacarepaguá viveu um incidente que mudaria a sua história. Nos anos 80 era comum algumas equipes de F-1 virem treinar nessa pista, pois no início do ano era verão por aqui, enquanto na Europa a neve e o frio acabava por impedir muitos testes, além de a aproveitar o Carnaval carioca. Neste ano, mais precisamente no dia 15 de março, o autódromo viveu um de seus piores dias. Era um dia de semana onde algumas equipes de F-1 realizavam testes, e de repente a AGS de Philippe Streiff escapa da pista fortemente entre as curvas Cheirinho e Nonato, capota várias vezes e bate. Streiff é atendido ainda no Centro Médico do Circuito e levado de Helicóptero á um hospital na Gávea. Só que uma confusão no atendimento e com o helicóptero causa sérios danos ao piloto francês, que dias depois se descobre que ele ficou Paraplégico. Esse caso mostra não a falta de segurança de Jacarepaguá, mas sim o despreparo da organização da prova e dos testes para situações emergenciais. Isso é um alerta sério para a FIA. E no fim do ano a FIA decide que Jacarepaguá não mais receberá a F-1 á partir de 1990, motivada pela falta de organização dos cariocas e pelo acidente de Streiff. No início de 1990 São Paulo faz uma reforma relâmpago em Interlagos e volta á receber o GP do Brasil de F-1. Assim Jacarepaguá perde seu maior evento.
Nos dois anos seguintes a pista carioca sobrevive. Recebe as categorias nacionais e regionais, mas a cada dia que passa a pista sofre com o descaso. Em 1993 o autódromo passa á não receber mais a StockCar, principal categoria brasileira. A pista a cada dia que passava ficava cada vez mais abandonada.
Em fins de 1994 é lançado pelo então prefeito César Maia um projeto de remodelação em Jacarepaguá, com fins de recuperar-lo. Em 1995, toda a pista é reformada e o traçado é modificado entre as curvas 1 e 2, é criado um novo trecho. Neste mesmo ano o empresário Jorge Cintra consegue acordo com a Indy e anuncia a Rio 400 para 1996. A Fórmula Indy iria correr em Jacarepaguá.
Após a pista ficar pronta em Setembro de 1995, o Mundial de Motovelocidade realiza sua primeira corrida no Rio, vencida por Luca Cadalora da Yamaha, em seguida a Stock Car volta á correr em Jacarepaguá. E em seguida o autódromo passa por mais uma grande reforma: A construção do Oval de 3 quilômetros para a Fórmula Indy.
Em 17 de Março de 1996 um dia histórico: A primeira prova da Fórmula Indy no Brasil é realizada, e apesar de alguns problemas pequenos de organização, a prova acontece muito bem. O brasileiro André Ribeiro da equipe Tasman vence a prova.
Já em fins de 1996 o Mundial de Motovelocidade realiza sua 2ª prova no Rio, vencida pelo campeão Michael Doohan, da Honda. Jacarepaguá recupera seus grandes dias, com duas categorias importantes do mundo realizando provas anuais, e com todas as categorias nacionais correndo lá novamente.
Quando chega o ano de 1997 a Formula Indy volta a realizar sua prova no oval do Rio e a categoria com novo nome (CART). O Rio de Janeiro também tem novo prefeito, Luiz Paulo Conde, que investe no autódromo. Já o Mundial de Motovelocidade realiza a sua corrida em Agosto, com apoio da Rede Globo e novamente Michael Doohan com a Honda vence.
No ano de 1998 a corrida da já denominada CART foi emocionante. Greg Moore com a Forsythe vence. E começa os problemas. A corrida do Mundial de Motovelocidade que seria em Outubro foi cancelada por problemas graves no asfalto.
Contudo o ano de 1999 prometia ser diferente para Jacarepaguá, pois tanto a CART como o Mundial de Motovelocidade teriam que mudar suas organizações. Jorge Cintra deixa de ser o promotor e passa a ser o campeão Emerson Fittipaldi. A corrida da CART passou á se chamar Rio 200, com percurso menor, e com bastante divulgação a prova teve sucesso. Foi vencida pelo colombiano Juan Pablo Montoya, da Chip Ganassi. Já o Mundial de Motovelocidade realizou sua etapa em Outubro e foi vencida por Norifume Abe da Yamaha.E assim inicia o último ano dessa 2ª fase de glórias da pista carioca.
No ano de 2000 a CART realiza a última Rio 200 (na época não se imaginava que seria a última), vitória de Adrian Fernandez, da Patrick. O Mundial de Motovelocidade realizou sua etapa que foi vencida por Valentino Rossi, da Honda, esta foi também a última etapa do Mundial de Motovelocidade no Rio.
No início de 2001 o prefeito recém-empossado, César Maia, decide não gastar mais com as provas do autódromo, e manda cancelar a etapa do Mundial de Motovelocidade e a Rio 200. Em menos de 1 mês ele consegue: faz Jacarepaguá perder duas corridas internacionais importantíssimas, e pode estar iniciando um novo período de abandono na pista.
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