3.8.09

Entrevista de Felipe Massa

Felipe já esta em solo brasileiro. Vai passar o dia no hospital Albert Einstein, antes cosedeu uma entrevista. Confira a íntegra da entrevista:

O que você sentiu na hora? O que você lembra do acidente?

É uma sensação um pouco estranha. Sei exatamente o que aconteceu, que uma mola que se desprendeu do carro de Rubens me acertou no capacete. Sei que aconteceu algo comigo, mas não sentiu nada quando aconteceu.Me disseram que eu perdi a consciência no momento do impacto da mola no capacete e que acabei contra a barreira, e que só a recuperei dois dias depois no hospital. Não me lembro, e por isso me explicaram tudo que os médicos fizeram.Quando vi Rob (Smedley), ele me perguntou se eu me lembrava de Rubens, mas a última coisa que tenho em mente é de quando eu estava atrás dele no fim da volta cronometrada no Q2. Repito, é um sentimento estranho de explicar. Agora me sinto muito melhor e quero me recuperar no menor tempo possível para voltar à pista logo ao volante de uma Ferrari.


Você quer agradecer alguém?

Primeiramente, quero agradecer a Deus. Depois, aos médicos na pista e todos os do hospital AEK de Budapeste que fizeram de tudo por mim, e ao Dino Altmann, que veio do Brasil com minha família e tem sido extraordinário em todos estes dias. E meu agradecimento também vai a todos aqueles que rezaram por mim, que me escreveram através do meu site e do site da Ferrari, que esperaram que tudo desse certo. Foram muitos, até pessoas que nem se interessam por F1, mas que souberam o que aconteceu comigo. Eu as agradeço, e digo que também rezo por elas. Eu teria feito a mesma coisa se tivesse acontecido um incidente com outro piloto: teria rezado por ele para que tudo terminasse bem.


O fato de a sua família ter estado aqui ajudou quanto?

Minha família é muito importante para mim. Eles sempre estiveram comigo durante toda minha carreira, nas vitórias e nas derrotas e nos momentos mais difíceis. Em Budapeste só estava o Dudu, mas quando aconteceu o acidente, todos - Raffaela, meu pai, minha mãe e depois minha irmã - viajaram para a Hungria. Sei que eles sofreram muito e quero agradecê-los por estarem perto de mim.E quero agradecer a uma outra família, a família Ferrari: ela foi fantástica, me ajudou muito em todos os momentos, e fazer parte deste grupo me deixa muito emocionado.


Qual o seu primeiro desejo quando voltar ao Brasil?

Voltar para casa e ver se tudo é como antes. Aconteceu tanta coisa nestes dias, e quero voltar a ter uma vida normal. Quero recuperar a melhor condição e fazer as coisas que fazia diariamente.


Michael Schumacher vai guiar seu carro por algum tempo. Você tem algum conselho para ele?

Michael certamente não precisa dos meus conselhos! Pelo contrário, ele que me deu tantas sugestões na minha carreira quando corremos juntos. Ele sabe vencer, sabe guiar e é o melhor. Foi tomada a melhor decisão possível, dando o carro a uma pessoa fantástica, e tenho certeza de que todos estão contentes por vê-lo voltar. Mas espero muito poder voltar à pista com a Ferrari na primeira possibilidade.

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