O GP do Bahrein continua dando muito que falar. Passados dois dias da realização da corrida, vencida por Sebastian Vettel, alguns dos chefes de equipe sairam em defesa e em ataque a imprensa mundial, sobretudo os jornalistas que cobrem a categoria. Eric Boullier, Christian Horner e até mesmo Robert Fernley, da Force India, criticaram a abordagem política que cercou a corrida do Bahrein e disseram que a F1 é apenas um esporte.
Em entrevista ao site da revista britânica ‘Autosport’, Boullier, chefe de equipe da Lotus, declarou:
“Eu não deveria dizer isso, mas a mídia, para mim, não deveria ter feito o que fez. Há vários problemas, que cabem ao país corrigir. Mas há problemas em todos os países, mesmo na Inglaterra, França e outros europeus, e a dramatização excessiva foi equivocada, definitivamente. A F1 é um esporte e deve ser vista como tal. Também sabemos que é muito importante para o Bahrein ter um evento como este, é o maior evento do ano, e a F1 não deve ser usada como ferramenta política. Não precisamos trazer o que está fora para dentro, e é isso o que a imprensa faz. A mídia trouxe a política externa para dentro do paddock, e isso não é bom”.
O chefe da equipe Red Bull, Christian Horner também se mostrou contra o fato de a F1 ser instrumento político:
“É difícil porque você vê um entusiasmo enorme com a F1 no país. Não é certo que a F1 seja objeto de um debate político. E, claro, isso é considerado político se você correr e é considerado político se não o fizer. Então o nosso foco tem sido vir aqui para fazer um trabalho e fazer isso bem, e estou feliz por dizer que fizemos isso”, afirmou.
Robert Fernley, da Force India, disse que Bahrein terá tempo para resolver graves conflitos políticos:
“Estou muito surpreso por tudo, porque acredito que, independente das críticas e dos problemas que nós tivemos, isso coloca Bernie Ecclestone e Jean Todt como visionários. Quanto às autoridades barenitas, eles se colocaram nus perante a mídia mundial. Se isso não é transparência, o que é? Houve problemas e várias coisas que podemos melhorar no próximo ano do ponto de vista da F1, mas a F1 não deve olhar para trás com arrependimento. Ela deve estar muito orgulhosa do que fez, já que a solução agora está aí para os políticos do Bahrein. Agora eles precisam dialogar longe da F1, e o fato de a F1 ter tido a coragem de ir para lá mostra que a liderança era forte o suficiente para isso, então isso é bom para eles”, finalizou Robert.
É como se diz... "emfim..."
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