É isso mesmo? não vou negar que guando li a noticia a minha primeira reação foi: não!!! Não pode ser!!! P*&#%. Ai lembrei do que alguns dos meus meninos são capazes e falei PUTZ!!!!
Passando o choque inicial, veio a reflexão: não tinha um engenheiro, estagiário vendo a obra acompanhando a construção? Se não tinha por que não? E esses responsável não tinha noção de que alguma coisa estava estranha? Ninguem tinha? É por isso que a coisa esta do jeito que esta.... como dizia minha mamãe: "Ai, Jesuuuus!!!
Tomei a liberdade de reproduzir a entrevista da Juliana Tesser e Vinícius Nunes, do grande premio, com Cleyton Pinteiro. vale a pena ler ela com calma...
Grande Prêmio: Vocês mandaram um comunicado dizendo que a chicane do Café não foi feita do jeito que vocês pediram. Vocês já sabem o que aconteceu?
Cleyton Pinteiro: Eu acho até que houve algum erro do empreiteiro. Porque ela está feita ao contrário. Eles trouxeram um gabarito, pelo que eu soube, e eu acho que aplicaram ao contrário. Imagine que o gabarito é de uma forma, então ele teria de ser colocado do lado de cá. E inverteram.
GP: E agora como é que vocês vão trabalhar para resolver isso?
CP: Já está resolvido. Vai ser retirado e vai fazer certo.
GP: A história de que vocês teriam pedido um abaixo-assinado para os pilotos não usarem a chicane procede?
CP: Não. Os pilotos pediram que não se usasse aquilo, até o momento que nós fomos lá e efetivamente não tem como usar aquilo. Foi feito errado. Eu acho, isso é uma impressão, eu não tenho isso oficialmente da SPTuris que foi isso, mas como está lá, se você ver, você vê que está invertido. Está assim, ao invés de estar assim.
Paulo Gomes: Ali o problema é o seguinte: quem executou a obra, se enganou e fez ao contrário.
CP: Trouxeram um gabarito, só que usaram ao contrário.
GP: E eles nem notaram?
CP: Não. Só que quem faz a obra é uma empreiteira, isso é contratado. Aliás, uma coisa que eu já vi interessante sobre isso, em um programa da Globo, uma obra estatal em que o mestre de obras simplesmente virou a planta e construíram o prédio. E a frente ficou para um lugar que não tem rua. Eu acredito que, pelo que está ali, eu acredito piamente que aconteceu isso, porque está ao contrário.
PG: Se estivesse ao contrário, estaria perfeito. Foi um engano. Fizeram à noite, não avisaram a gente. Chegaram lá e fizeram a obra.
CP: Efetivamente não tem condições de uso como está, mas já falamos com a SPTuris, aquilo vai ser removido e vai fazer no normal.
GP: Eu conversei com o coordenador técnico aqui do autódromo, Artemis Oliveira, e ele me disse que a Curva do Café não tem problema nenhum. Como você vê isso? Você acha que é uma curva segura?
CP: Veja bem, a CBA entende que tem que ser feito um serviço, a prefeitura disse que vai fazer. Nós já apresentamos o projeto para eles, já tomamos uma decisão, mas eu não tenho dinheiro para pagar. Quem paga é a Prefeitura. Eu tenho certeza de que vai ser feito, até porque tem um projeto na FIA que diz que vai fazer.
GP: Como que está esta obra? Vocês encaminharam um projeto e a FIA não deu retorno para vocês?
CP: Não, não. Já deu tudo, já está em mãos.
PG: A FIA já mandou a planta do que tem que ser feito.
CP: Isso aqui é um órgão público, da Prefeitura, tem de ter uma licitação. Por exemplo, a FIA manda uma planta de como é que tem de ser feito. O projeto executivo não é nosso, a gente não faz projeto executivo. Isso tem de ser feito pelo departamento de engenharia, depois faz uma licitação e toca a obra.
GP: Ele me disse que a FIA quer uma mudança na entrada dos boxes.
CP: Também.
GP: Vocês pretendem trabalhar para mudar isso?
CP: Pretendo. Inclusive está o projeto aí também o projeto da entrada dos boxes. Agora, isso é mais caro. Aí não depende de mim. Se fizer, é maravilhoso. Porque além de não ter mais o problema da Curva do Café, resolve o problema da área dos boxes que não é tão segura assim, apesar de, graças a Deus!, nunca ter acontecido nada, mas se você olhar...
PG: É perigoso.
CP: ...Você vê que aí é um barranco né, desde lá do Café. Tem duas coisas: ou fazer como se fosse um viaduto, elevado aí do lado da pista, ou fazer um aterro e fechar, mas aí é mais caro. Então não resolve o problema da entrada dos boxes. E o Café já está definido.
GP: Mudando o assunto, do lado da pista de Interlagos houve uma competição neste fim de semana no kartódromo. Primeiro, por que existe uma homologação da CBA para os karts, diferente da da FIA. Porque não pode ser a mesma?
CP: A FIA tem níveis de homologação. Por exemplo, para correr F1 é homologação A. Tem A, B, C. Com nossos carros daqui, um autódromo B atende. Tipo, a Stock Car, que é o topo. Se não a gente estava ferrado, né? O único autódromo que é A aqui no Brasil é Interlagos. Não ia ter corrida.
GP: Digo em relação aos karts. E os karts em si? Porque a gente tem a informação de que a CRG, que é uma fabricante italiana, que está no Brasil, no sul, faz dois anos que eles estão tentando a homologação dos karts e eles não conseguem. E diz a CRG que não sabe por quê.
CP: Eles são homologados FIA.
GP: São.
CP: E os países determinam a homologação local. Porque o construtor não é obrigado a fazer uma homologação FIA, ele pode fazer uma homologação local, para o padrão local. Por exemplo, os motores no Brasil não são homologados FIA, eles são homologados na CBA porque correm no Brasil.
GP: Mas porque a CRG não consegue a homologação dela? O que tem de errado com os karts deles?
CP: Não, não tem errado nada. É que o regulamento brasileiro diz que para determinadas categorias, são equipamentos fabricados no Brasil. Tem outras categorias que é livre. Pode correr importado.
GP: Eles disseram que tem uma carta do senhor dizendo que eles poderiam correr e aí eles vieram tentar se inscrever pro Brasileiro de Kart, inclusive com uma ordem judicial que os autorizava a correr.
CP: Ordem judicial ninguém deixa de cumprir, não. Ninguém é maluco.
GP: Eles disseram que não deixaram.
CP: Ordem judicial não. Ninguém é doido para ser preso. Tem uma categoria no campeonato brasileiro que é liberada para ter os importados. Eles podiam se inscrever nela.
GP: A gente tem a informação que na categoria Cadete existe um motor que na verdade foi criado como gerador, um motor Honda. Ele foi homologado? Isso é verdade?
CP: É homologado. É um motor, que por acaso a Honda usa para outras coisas, e usa na categoria cadete. É baratinho. Acho que custa R$ 800. Por isso que tem tanto cadete.
GP: Muita gente fala que o custo ainda é muito alto. O que a CBA pretende fazer para diminuir isso?
CP: Nós já diminuímos bastante quando nós introduzimos o motor a água. No Campeonato Brasileiro de Kart, não teve uma única quebra. Se você voltar no passado, quando era motor a ar, dez, 20% ficavam no meio do caminho por quebra de motor. Então isso daí diminuiu bastante o custo dele. E nós estamos sempre à procura de novas coisas para diminuir.
GP: A CBA adotou uma medida protecionista em relação as empresas nacionais, e é por isso que os karts, os equipamentos estrangeiros não entram no Brasil. Isso é verdade?
CP: Isso é uma questão muito complexa. Você nem pode fechar de tudo nem pode abrir de tudo. Isso é que nem remédio. Remédio demais é um veneno, de menos não funciona. Tem que ter a dose certa. E você tem que ter o bom senso de escolher a hora em que você pode liberar tudo. A CBA liberou os importados para uma determinada categoria, a Sudam, isso vai fazer com que os fabricantes nacionais tentem colocar aquele fabricante no mesmo nível que aquele.
GP: Mas essa barreira não pode atrasar o desenvolvimento? Porque lá fora os karts já estão desenvolvidos há mais tempo. Se os fabricantes aqui tem a segurança de que eles não vão entrar para que eles precisam melhorar o kart?
CP: Mas eles têm de melhorar. No momento em que já existe, tem uma categoria em que está liberado os karts, eles já estão vendo que existe um concorrente, e a tendência é ano após ano, você dar mais liberdade, para que também a gente melhore. É o que aconteceu com a indústria automobilística. Antigamente os carros eram como uma carroça. Liberou, e nós temos belos carros nacionais. Mas isso tem que ser gradativo. Não pode ser assim. Libera, e você fecha.
GP: O que o senhor ainda acha que tem para melhorar no automobilismo nacional?
CP: Muito. Muito. Nós temos que, eu vou lhe dizer, eu estou investindo fortemente em treinamento e vou investir mais ainda, mais e mais, para que a gente possa melhorar a nossa qualidade de oficiais de competição. Isso tem de ser feito, e nós estamos fazendo. Está programado agora seminário para setembro e outubro. O grande problema é falta de mão-de-obra. Um comissário você não faz do dia para a noite. Nós temos as dificuldades, mas eu estou investindo e investindo pesado. E no kart nós estamos investindo também. Nós lançamos a Copa das Federações. A CBA vai dar dos cofres dela um belo prêmio para que o kartismo regional cresça. Eu acho que isso aí tem de ser divulgado, são as coisas boas. Eu acho que não é tudo ruim, não. Aconteceram um monte de coisas boas.
GP: Na Stock tem acontecido muitos problemas, como aconteceu com o pessoal do Andreas Mattheis. Eles tomaram uma punição e depois foi verificado que não tinha condição de ser aquilo, que foi uma punição errada. Como vocês pretendem trabalhar para evitar que esse tipo de coisa aconteça?
CP: Nós pedimos que a cronometragem, que é um oficial de competição, que ele averiguasse o que aconteceu. Eles deram uma explicação, nós ainda estamos pedindo mais, um estudo do que, efetivamente, aconteceu. Agora os comissários simplesmente recebem informação da cronometragem do carro A, B ou C de que entrou em uma velocidade acima da estipulada. Nós lamentamos se aconteceu algum erro técnico, mas naquele dia eu acho que houve 2 mil e tantas passagens, e não aconteceu nada.
Um comentário:
Aproveito esse espaço para informar a todos os interessados que o denominado Engenheiro responsável pela fiscalização da obra Chicane, na verdade é um economista de formação que "Ganhou" esse cargo de Coordenadore Técnico Operacional devido indicação política do atual gestor do Autódromo, pois quem deve contato direto com esse cidadão, pode constatar sua total ignoráncia no que diz respeito a automobilismo em especial segurança de pista e com o trato com as demais pessoas e usuários do Autódromo Municipal de Interlagos, onde vinha fazendo tráfego de influência devido o cargo ocupado com as empreiteiras em serviço no Autódromo.Acreditamos que na reforma do Kartódromo se investigada, poderá ser comprovado o desvio de materiais e ferramentas para benefício pessoal do cidadão em questão, os cidadãos da cidade de São Paulo agradessem o Presidente da SP-Turis em exonerar esse picareta e aproveitador do bem público.Obrigado a todos.
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