De acordo com a revista 'Veja', Nelson, Nelsinho Piquet, Xandy Negrão e Diego Nunes se envolveram com o esquema de corrupção na Federação Cearense de Automobilismo
A Operação Podium, que prendeu no fim de novembro o Presidente da Federação Cearense de Automobilismo (FCA), Haroldo Scipião Borges, e o piloto da Montana Hybernon Cysne, continua rendendo. Agora, em caráter internacional. De acordo com a edição desta semana da revista 'Veja', o esquema de evasão de divisas e outros crimes contra o Sistema Financeiro Nacional envolve também Nelson e Nelsinho Piquet, além de Diego Nunes e Xandy Negrão.
A publicação afirma ter tido acesso com exclusividade à investigação da Polícia Federal, que provou a existência de uma manobra da FCA para contabilizar recursos como patrocínio, mas, no fim, devolver o dinheiro aos doadores. Segundo a 'Veja', a operação foi comandada por Hybernon, que presidiu a FCA entre 2004 e 2008 e "exerceu um duplo papel de lobista e lavador de dinheiro".
Algumas das operações de remessas ilegais de dinheiro para o exterior feitas pela FCA estão supostamente ligadas à dupla Nelson e Nelsinho Piquet. A revista afirma que a Autotrac, empresa de propriedade de Nelson, transferiu R$ 2,7 milhões para a entidade cearense, que, por sua vez, devolveu R$ 500 mil e enviou R$ 5,2 milhões à conta de Nelsinho no exterior. Segundo a revista, Nelson admitiu ter usado o esquema para enviar dinheiro a Nelsinho. "Fiz isso porque tenho boas relações com os cearenses", disse.
A situação de Diego Nunes, segundo a 'Veja', é semelhante. Por meio de sua empresa, a DN70 Marketing, R$ 8,3 milhões chegaram à federação, que expediu R$ 7,8 mi a Diego, atualmente piloto da Stock Car, no exterior.
Ainda de acordo com a revista, a PF tem suspeitas sobre Xandy Negrão, ex-piloto e pai de Xandinho Negrão, da Stock Car. A 'Veja' afirma que, em setembro, Xandy viajou a Forteleza, encontrou-se com Hybernon em seu jatinho ainda no aeroporto e entregou "'um dinheiro'" a Cysne. O período citado pela revista como de vigência do esquema — 2004 a 2008 — abrange os anos em que Nelsinho, Xandinho, filho de Xandy, e Nunes disputaram a GP2.
Apesar de o esquema ter supostamente se encerrado com a saída de Hybernon da presidência da FCA, o atual comandante da entidade foi flagrado, segundo a 'Veja', cobrando 40% de comissão sobre um patrocínio do governo do Ceará. A revista diz ainda que Hybernon "confessou ter usado a FCA para intermediar atividades ilícitas" aos auditores da Receita Federal
Fonte:grande premio
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