Em entrevista nesta quarta-feira (05), ao canal fechado americano ‘CNN’, Fernando Alonso, da Ferrari, declarou que pretende se aposentar da F1 no time de Maranello.
“Eu acho que é difícil recuperar a diferença para os carros mais rápidos, mas precisamos ter um carro consistente. Sabemos que, em algumas corridas, a McLaren vai ser forte e vai ganhar, em outras podemos ter a possibilidade de ganhar e a Red Bull de vencer outras. No momento, eu posso errar, mas eles [os rivais] não podem errar”, declarou Alonso.
Sobre o atual momento do campeonato, onde Alonso continua como líder com 164 pontos, acompanhado por Vettel, que está em segundo com 140 pontos, Mark Webber, em terceiro com 131, o piloto da Ferrar chegou a cogitar em um duelo direto com as RBRs em Monza. De acordo com o bicampeão espanhol, a tendência é que a briga pelo título fique mais acirrada no final da temporada.
“No momento, ainda temos os dois carros da McLaren, os dois carros da Red Bull, Kimi e eu, que estamos lutando pelo título. Acredito que esses seis pilotos podem serem os campeões deste ano. Mas é em Monza que as coisas podem começar a se redesenhar para o final da temporada. Essa corrida vai ser muito importante para o campeonato”, complementou.
Falou sobre a sua aposentadoria e confirmou que a Ferrari deverá ser mesmo a última equipe em que ele mesmo pretende correr na F1. O bicampeão espanhol revelou que em 2016, ele deverá confirmar se realmente irá se aposentar da principal categoria do automobilismo mundial no cockpit de Maranello.
“Se eu sentir que é hora de parar e ter uma vida diferente, será uma decisão que tomarei apenas em 2016. Eu estou correndo há muitos anos e é uma vida de muita dedicação ao esporte, mas eu sei que em algum momento chegará o dia de parar. Mas vamos ver quando chegar”, concluiu
Indagado sobre a possibilidade das largadas da F1 passarem a ser em movimento o espanhol foi contra, acredita que as largadas são "parte do charme da competição" e "importantes demais para a Fórmula 1 perdê-las". O espanhol contou que gosta da briga por posições na primeira curva, calculando riscos e tomando decisões rapidamente.
Outras propostas, como utilizar energia elétrica para impulsionar os carros, também desagradam Alonso. Ele disse estar "surpreso" e "chateado" com algumas ideias para o futuro.
E revelou que o francês Romain Grosjean pediu desculpas através de uma mensagem enviada pelo celular.
Líder do Mundial de pilotos, Alonso viu sua vantagem para o vice-líder, o alemão Sebastian Vettel (Red Bull), cair para 24 pontos.
"Grosjean me mandou uma SMS na qual me explicava que não calculou a distância, e me pediu desculpas pelo acidente. Temos uma boa relação, fomos companheiros em 2009 (na Renault). Eu disse que não havia problemas, que houve muitos fatores na largada e que já passou. Falei para ele que nos vemos em Cingapura e que está tudo bem", relatou o espanhol, que não verá o francês em Monza, neste fim de semana, porque o piloto da Lotus foi suspenso por uma corrida.
O bicampeão mundial fez ainda um balanço da temporada após a disputa de 12 das 20 provas do calendário de 2012. O espanhol reconheceu que não teve um bom começo de ano, mas comentou que as chances do tri são reais.
"Podemos lutar pelo Mundial com este carro, apesar de termos começado mal a temporada, com muitos problemas, mas agora temos vantagem, e não vamos pensar diferente disso nas últimas corridas do ano", afirmou.
A próxima corrida é em Monza, sede da Ferrari, e Alonso se mostrou animado para voltar a correr "em casa". "Monza é um circuito especial para nós, e as expectativas devem ser sempre altas. Não temos nada especial para o treino de classificação, mas sim para a corrida", encerrou.
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