10.8.10

Rubinho e o começo dos 300 GPs (de lamentaçoes)



A intenção é divertir e dar uma noção da vida de um piloto. Para isso, Rubens organizou nesta terça-feira a segunda edição do “Barrichello Kart Day”, em Cotia, na Grande São Paulo. Na camisa que estava vestindo, um velocímetro estampado no peito lembrava a marca de 300 corridas que ele vai completar na Fórmula 1 no GP da Bélgica, no fim do mês. No entanto, o principal assunto foi mesmo o novo confronto com Michael Schumacher na pista, na prova da Hungria. O piloto da Williams garantiu não guardar rancor do alemão, que tentou jogá-lo no muro no circuito de Budapeste.

- A vida é feita de respeito ao próximo e perdão. Não tenho mágoa. Não vou ganhar nada se disser que já comi muita coisa ruim por causa daquele cara e que vou me vingar. Soube das desculpas dele pela imprensa. Não recebi nenhum telefonema. Eu não tenho mágoa nenhuma. Agora, é ir para a próxima. Eu tenho, sim, a minha opinião sobre o que eu faria naquele caso. Estou muito tranquilo. A nossa convivência não pode ter inimizade dentro da pista porque um pode acabar machucando o outro.

Barrichello, no entanto, garantiu que teria adotado uma postura diferente da do alemão.

- Naquela situação, eu teria escolhido uma linha e fechado a porta antes, teria ido para dentro e fechado o lado de fora. Eu só escolhi o lado de dentro porque ele me deu o espaço.

O piloto da Williams também falou do jogo de equipe que a Ferrari adotou no GP da Alemanha, para favorecer Fernando Alonso na disputa com Felipe Massa. Barrichello afirmou que no seu caso, no GP da Áustria, em 2002, o conteúdo das conversas pelo rádio foram ainda piores.

- Sorte vocês não terem ouvido o que eu ouvi. Porque foi uma longa conversa (risos). Eu tenho esse papel lá em casa. Se um dia eu for escrever um livro, e eu ainda não tenho essa ideia tão clara, não vai ser uma coisa que eu faça por vingança. Sou uma pessoa muito tranqüila. Acho que muita coisa foi divergida nas minhas palavras. Você corta a frase e já tem um tom diferente. Eu sempre tive bom coração. Só achei que a Ferrari tinha aprendido a lição.

Hoje na Williams, Barrichello afirmou que tomou a decisão correta quando resolveu sair da Ferrari antes do término de seu contrato.

- Fiz (o jogo de equipe), me arrependi na segunda-feira e só não mudei de equipe porque não tinha um lugar melhor. Saí da equipe um ano antes (de encerrar o contrato), fui curtir minha vida, com carros piores, mas hoje muito mais feliz. Conquistei espaço dentro da Williams e me orgulho disso.
fonte:globo esporte

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