Schumacher esquiava na manhã do último domingo na estação de Meribel, nos Alpes franceses [região sudeste do país], com todo o aparato de segurança necessário, inclusive o capacete, mas fora da área de pista, quando sofreu um acidente e bateu fortemente a cabeça em uma pedra.
O ex-piloto lemão foi socorrido em apenas oito minutos e levado, de helicóptero, para o hospital Moutier, localizado a 17 quilômetros do local da queda. Em seguida, foi transferido para outro hospital, o de Grenoble, onde foi submetido à primeira cirurgia, passou pela segunda entre a noite de segunda e a manhã desta terça e permanece internado.
Schumacher tem uma casa na estação de Meribel. O local do acidente fica a 1.450 metros de altitude, subindo até 2.952 metros em seu ponto mais alto, onde se liga com a região do conjunto dos Três Vales, onde estão algumas das estações de esqui mais famosas (e mais caras) do planeta.
Só na última semana, cinco esquiadores morreram na França, sempre praticando o chamado "esqui extremo" fora da pista, o que levou autoridades a pedir especial prudência na prática do esporte, já que as atuais condições meteorológicas não estão favoráveis.
E Michael Schumacher foi operado novamente durante a madrugada desta terça-feira e seu quadro geral teve uma pequena melhora, informou na manhã desta terça-feira a equipe médica do Centro Hospitalar de Grenoble, na França, onde o maior campeão da história da Fórmula 1 sofreu um acidente no último domingo enquanto esquiava, bateu fortemente a cabeça em uma pedra e teve um traumatismo craniano.
O novo procedimento durou cerca de duas horas, foi realizado a pedido da família, após conversa com os médicos, e serviu para diminuir a pressão no cérebro do ex-piloto alemão de 44 anos - ele completa 45 no próximo dia 3. Um exame feito após a cirurgia identificou a pequena evolução.
"Estamos surpresos com a evolução. Nós fizemos uma ''varredura'' sem nenhum risco desnecessário e temos alguns sinais para achar que a situação está mais controlada do que ontem [segunda]", explicou o doutor Jean-Francois Payen.
"A decisão [de operar] foi difícil, mas decidimos eliminar um hematoma. O nível de pressão intra-craniana melhorou, mas os exames mostram que existem outras lesões", acrescentou Payen, que fez questão de deixar claro que o heptacampeão de Fórmula 1 ainda luta pela vida.
"Nós não podemos dizer que ele está fora de perigo, pois as coisas podem evoluir muito rapidamente tanto para melhor quanto para pior, mas seu estado geral está melhor do que ontem [segunda]. Ainda não podemos dizer em que estado ele estará quando acordar", encerrou o médico em uma sala abarrotada por jornalistas.
Um dos responsáveis pelo resgate de Schumacher disse à revista alemã "Bild", assim como uma fonte da agência de notícias AFP, disse que o capacete usado pelo alemão partiu-se em dois, tal a força do impacto.
O mesmo integrante da equipe que prestou os primeiros socorros ao ex-piloto também acrescentou que "havia muito sangue".
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